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La insignia
3 de janeiro de 2007


Brasil

2007, o ano da política


Luís Nassif
La Insignia. Brasil, janeiro de 2006.


O ano de 2007 nasce com perspectivas políticas inéditas, graças ao poder regenerador das eleições.

Do lado federal, tem-se o governo Lula finalmente conseguindo definir com clareza seu foco; do lado estadual, talvez a mais brilhante geração de governadores que o país conheceu em muitas décadas.

No primeiro governo, tinha-se um Lula ansioso em conquistar um lugar no salão principal das chamadas elites, tão deslumbrado quanto foi seu antecessor. A virtude central foi ter permitido algum oxigênio para os chamados movimentos sociais. Apesar de alguns abusos retóricos, da visão muitas vezes anacrônica sobre temas contemporâneos, foram os movimentos sociais que salvaram Lula não só nas eleições de 2006, mas do julgamento da história. Com as eleições, ele percebeu onde estão os seus amigos - os excluídos, não os salões--, e qual é a sua missão -ampliar a inclusão social no país.

Para o segundo governo, Lula terá cumprido seu papel se conseguir avançar no que parecem ser os dois focos centrais do governo: retomar investimentos em infra-estrutura e aprofundar as políticas sociais, especialmente educação. Se cumprir bem essas tarefas, deixará o país pronto para o próximo presidente. Mas se não mexer no câmbio, deixará um país estropiado.

E aí entram os novos governadores estaduais, muitos deles simbolizando valores essenciais, de que o país necessitará para a grande luta de regeneração das próximas décadas. Do pequeno Espírito Santo, Paulo Hartung simboliza a recuperação do estado das mãos do crime organizado. De Minas Gerais, Aécio Neves empalma a bandeira das modernas ferramentas de gestão. No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral assume com expectativas positivas de conseguir atuar nas duas frentes. Na Bahia, Jacques Wagner representa a vitória sobre a mais antiga e organizada oligarquia brasileira.

Em São Paulo, o discurso de posse de José Serra foi a síntese mais elaborada, até agora, sobre os novos paradigmas que deverão ajudar na consolidação do novo país.

O desenvolvimento é ponto central de toda política pública. Com desenvolvimento, aumenta a auto-estima nacional, fica mais fácil combater desvios, geram-se empregos, oportunidades, amplia-se a eficácia das políticas sociais, o respeito pela democracia, o orgulho pelo país.

Criticou a idéia da globalização como solução para os problemas da humanidade. A única globalização que ocorreu foi nos mercados financeiros, disse ele. A cidadania, o voto, os direitos individuais são praticados em nível de cada nação, não no global. Por isso mesmo, o Estado nacional tem que ter um papel pró-ativo, promovendo políticas de desenvolvimento, políticas sociais. Não se pode aceitar que uma virtude - a estabilização - sirva de álibi para um vício terrível - a estagnação.

Condenou a idéia de que "a política é a arte do possível", que permitiu a tantos governantes evitar enfrentar problemas cruciais. Para ele a política é a arte de alargar o possível, de ousar sem loucuras, mas sabendo sempre buscar o máximo. Defendeu a Lei de Responsabilidade Fiscal, escrita, e a Lei de Responsabilidade Social, hoje um valor sem volta.



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