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La insignia
26 de junho de 2005


Brasil

Barrar o golpe da direita, mudar o Brasil


Antonio Carlos Spis (*)
CUT. Brasil, junho de 2005.


Em reunião com o presidente Lula na última quarta-feira, a Coordenação dos Movimentos Sociais, integrada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), MST e dezenas de organizações, reafirmaram sua solidariedade e compromisso com a defesa do governo Lula contra os ataques da mídia golpista, manifestando a necessidade da realização de mudanças na política econômica.

Assim como na Carta ao Povo Brasileiro, recentemente divulgada, nossas entidades lembraram que, "de olho nas eleições de 2006, as elites iniciaram, através dos meios de comunicação, uma campanha para desmoralizar o governo e o presidente Lula". Diante disso, alertamos para a necessidade de "enfrentar o monopólio dos meios de 'comunicação', garantindo sua democratização, inclusive através do fortalecimento das redes públicas e comunitárias".

A verdade é que o Brasil vive um momento decisivo, onde a união e a mobilização do povo em defesa do projeto de transformações para o qual Lula foi eleito é essencial para evitar o retrocesso e barrar o golpe movido por setores dos grandes meios de desinformação, do PSDB e do PFL, a serviço do governo de Washington. Esses arautos da moralidade são os mesmos que armaram contra a posse de Juscelino, organizaram a derrubada do presidente João Goulart e instauraram a ditadura em 1964.

Derrotados nas urnas, os golpistas querem fazer a roda da história girar para trás, por isso tentam paralisar o governo com denúncias sem provas, com manchetes sem fatos, amparadas apenas e tão somente na farsa tragicômica de um elemento desqualificado como o deputado Roberto Jefferson. Pensam que pela manipulação da mídia, com a hipnose dos holofotes de suas televisões e os rios de tinta de suas publicações, poderão transformar o certo em errado, a verdade em mentira, o presente em passado.

A elite não aceita ver no poder alguém que não se submeta às suas determinações, que não diga amém aos seus amos, que nos fóruns internacionais assuma a defesa do Brasil e do seu povo, que diga não à guerra de Bush e sua política belicista e intervencionista, que lute pela integração do Sul, que seja solidário à Venezuela e diga não ao projeto de submissão à Alca e de privatização do Estado.

Pela sua história e compromisso, Lula quebrou a dinastia dos Fernandos, e suas viúvas agora querem isolá-lo e derrubá-lo. No entanto, não conseguirão colocar na defensiva os setores nacionais e populares que dão sustentação ao governo, e com ele pretendem aprofundar as transformações sociais.

A bandeira da ética e da justiça é a negação da submissão e do entreguismo, ela pertence ao povo brasileiro, que exige a rigorosa apuração de todas as denúncias de corrupção e a punição dos culpados.

Defendemos os avanços e a democracia conquistada contra a manipulação dos setores mais apodrecidos da sociedade, que perderam de há muito qualquer referência no Brasil e em seu povo, e alertamos para a necessidade de mudanças urgentes na política econômica. É preciso alterar a rota, reduzindo os juros e o superávit primário, garantindo a ampliação dos recursos para as políticas públicas, acelerando a geração de emprego e renda, e realizando as transformações que o nosso povo clama e o Brasil tanto necessita. Reforma agrária, urbana e universitária são pontos chaves nessa caminhada.

Também somos favoráveis à realização de uma reforma política democrática, que amplie a fortaleça o papel dos partidos, que garanta o financiamento público e a representação plural e sem barreiras dos mais amplos setores, fechando o espaço para o capital corruptor e, conseqüentemente, para os partidos e parlamentares a seu soldo.

Os movimentos sociais reafirmaram sua confiança e identidade com o projeto democrático-popular e conclamam o povo brasileiro a se mobilizar, a tomar as ruas e praças para barrar o golpismo, avançar nas transformações e construir um Brasil soberano, justo e igualitário para todos os seus filhos.


(*) Secretário nacional de Comunicação da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).



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