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La insignia
8 de junho de 2005


Brasil

Lula não rouba e não deixa roubar


David Stival
Linha Aberta. Brasil, junho de 2005.


Em dois anos do governo Lula já foram presas 1.234 pessoas acusadas de participação em esquemas de corrupção. Dessas, 819 são políticos, empresários, juízes, policiais e servidores públicos. Antes deste governo, nunca se ouviu falar na Controladoria-Geral da União (CGU). Nesses dois anos, a Controladoria já fez mais de 6 mil auditorias em todo o Brasil, que resultaram em 2.461 encaminhamentos ao Tribunal de Contas da União. Foi instituído também o Conselho da Transparência Pública e Combate à Corrupção, com metade dos membros indicada por entidades representativas da sociedade. No sítio na internet da CGU, está disponível o Portal Transparência, em que o governo federal disponibiliza os gastos e os investimentos federais em todo o país. Desde 2003, a Polícia Federal já fez 45 operações especiais de combate à corrupção, com resultados que podem ser vistos diariamente na televisão.

Nunca se fez tanto, em tão pouco tempo, para combater a corrupção no Brasil. E o governo Lula nunca será conivente com as ações que solapam os cofres públicos e transferem recursos públicos para contas privadas. Mas a corrupção não é um problema fácil de ser superado. Quem acha que é só no âmbito do Estado e só na esfera federal está enganado. A corrupção é um dos principais problemas que assolam as sociedades contemporâneas, e até a ONU tem programa para auxiliar os países a combatê-la. Infelizmente, a experiência tem demonstrado que é remota a possibilidade de se acabar com os esquemas de corrupção. Mas um governo comprometido com a republicanização do país precisa averiguar prontamente todas as denúncias, investigar todas as conexões e punir os envolvidos. E isso, como se pôde ver no parágrafo anterior, está sendo feito no Brasil da era Lula.

Por que, então, a crise da CPI dos Correios? Apresentadas as provas, o governo não ficou parado. Os funcionários envolvidos (de carreira, é preciso destacar) foram afastados; a Polícia Federal foi acionada; o Ministério Público foi informado e está acompanhando com total autonomia a investigação, e a própria opinião pública está sendo informada através da imprensa brasileira. Por que então a CPI? Parece claro para todos os que conhecem o "jogo" político que, neste contexto, a CPI só tem o objetivo de desgastar o governo, antecipar a disputa eleitoral e travar o país. Aqui no Rio Grande do Sul, nós sabemos como terminam ações desse tipo. Sofremos esta amarga experiência em 2001, quando todos foram inocentados, mas só depois de termos perdido as eleições. Quem diz que esse argumento é o mesmo que era usado pelo presidente Fernando Henrique está tratando o tema com enorme "má-fé". Na era FH, foram engavetados escândalos que somados chegam a R$ 40 bilhões. Além de não investigar as denúncias, os escândalos daquela triste época envolviam o primeiro escalão do governo, como foi no caso Sivam ou no caso dos grampos do BNDES, para citar apenas dois. Um abismo, portanto, separa FH de Lula. O primeiro não investigou, não puniu e nem prestou contas à opinião pública dos esquemas de corrupção que se generalizaram em seu governo. O segundo todo mundo vê: investiga e pune os corruptos. Não rouba nem deixa roubar. Talvez por isso alguns poucos que tiveram seus interesses contrariados queiram, a todo custo, desgastá-lo.


(*) David Stival é presidente estadual do PT do Rio Grande do Sul.



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