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La insignia
7 de junho de 2005


Brasil

Genoino: «Sem pé nem cabeça»


Agência Informes / Linha Aberta. Brasil, junho de 2005.


O presidente nacional do PT, José Genoino, classificou de infundadas, "sem pé nem cabeça", as declarações do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) à Folha de S. Paulo, de que o partido estaria envolvido em pagamento de "mesada" de R$ 30 mil à deputados do PL e do PP. Genoino enfatizou que o PT nunca pautou suas conversas com os partidos da base aliada nestes termos e que não teme investigações.

"Nossas conversas sempre foram de natureza política, em torno de alianças eleitorais e governabilidade", afirmou, durante entrevista coletiva concedida hoje (6) no Diretório Nacional.

Ele declarou que o partido se defende das acusações por meio da nota oficial, por meio das investigações e, se for necessário, irá à Justiça. "Já passamos por momentos difíceis e vamos superar mais este, porque estamos com a consciência tranqüila com os atos que praticamos e com a verdade que vamos deixar cada vez mais clara", falou.

Eficiência investigativa

Genoino diz estar convencido, por fatos e provas, de que as investigações que estão se processando pela Polícia Federal, Ministério Público, Controladoria Geral da União (CGU) e outras instituições, serão mais rápidas e eficazes no combate à corrupção. "Em nosso governo, nada ficou sem apurar, ninguém ficou solto, e quando envolveu funcionário, foi demitido. O PT não está num mar de lama, nem o governo, nem os aliados que apóiam o governo Lula".

O líder petista citou os efeitos da investigação contra exploração ilegal de madeira no Mato Grosso, que tem dezenas de pessoas presas numa investigação solicitada pelo governo e pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente). "Se algum petista for citado em irregularidade no Mato Grosso, o PT aplicará imediatamente o estatuto", garantiu. Para Genoino, uma Comissão Parlamentar de Inquérito só é eficiente do ponto de vista político, "na medida em que é agenda da oposição para atacar o governo".

Genoino garantiu que o PT tem relações "políticas e de alto nível" com grande parte do PTB, dos dirigentes e dos deputados. Ele lembrou que não é competência do PT discutir quem deve integrar a base aliada, mas do governo. "Na medida em que o termômetro das assinaturas da CPI [dos Correios] é o tamanho da base de apoio ao governo Lula, hoje nós temos 280 deputados que têm uma posição firme e clara de compromisso com o governo Lula. É com essa base que temos que contar para cumprir a agenda e apoiar o governo Lula em todas as investigações", ponderou.

Mercadante: "Denúncia é antiga e não foi comprovada"

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse hoje (6) que denúncias de pagamento de "mesadas" para deputados já foram feitas nas últimas eleições pelo Jornal do Brasil e, na época, nada foi comprovado.

A Corregedoria da Câmara, disse Mercadante, investigou a denúncia e concluiu que não havia qualquer prova testemunhal nem qualquer outro indício desta "prática ilícita".

Segundo o líder, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, e o Chefe de Gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, negaram qualquer conversa com o deputado Roberto Jefferson (PTB-SP) sobre pagamento de R$ 30 mil mensais a deputados federais do PL e do PP.

Desconsi sugere que Conselho de Ética convoque Jefferson

O deputado Orlando Desconsi (PT-RS), protocolou ofício na tarde desta segunda-feira no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, pedindo que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) seja convocado pelo Conselho. O objetivo é o de que ele apresente provas das acusações publicadas no jornal Folha de São Paulo, edição desta segunda-feira.

Conforme Desconsi, tratam-se de denúncias "muito graves contra colegas da bancada do Partido Progressista e do Partido Liberal, acerca de valores que haveriam influenciado suas votações no plenário desta Casa".

Segundo Desconsi, caso não se comprovem tais irregularidades, Roberto Jefferson deverá ser processado disciplinarmente pela Mesa Diretora, por falta de decoro parlamentar. O ofício foi entregue ao presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar.



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