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La insignia
14 fevereiro de 2007


Paraísos da indústria eletrônica,
infernos de contaminação


Greenpeace. Brasil, fevereiro de 2007.


Países considerados paraísos da indústria eletrônica estão a meio caminho do inferno da contaminação por substâncias químicas perigosas. Áreas industriais na China, México, Filipinas e Tailândia, responsáveis pela fabricação de componentes de aparelhos da IBM, HP, Sony e Sanyo, estão causando sérios problemas em rios e águas subterrâneas, segundo informação do relatório “Contaminação de ponta: um estudo da contaminação ambiental pela fabricação de produtos eletrônicos”, lançado esta semana pelo Greenpeace.

Componentes como microprocessadores, placas de circuito integrado e componentes para circuitos eletrônicos estão contaminando as águas com éteres difenil-polibrominados – um grupo de substâncias químicas altamente tóxicas usadas como retardante de chamas – e ftalatos, substâncias químicas usadas numa grande variedade de processos e como plastificantes e metais pesados.

“Nos últimos anos está havendo uma maior preocupação em relação ao uso de substâncias químicas tóxicas na indústria eletrônica, mas a atenção estava mais direcionada para a contaminação durante o descarte e a reciclagem de lixo eletrônico”, disse Dr. Kevin Brigden do Laboratório de Pesquisa do Greenpeace. “Nossas descobertas em relação à contaminação no estágio de fabricação de componentes eletrônicos deixa claro que é necessário considerar o ciclo completo de vida de um aparelho eletrônico para que todos os seus custos ambientais apareçam e possam ser minimizados.”

A indústria eletrônica é global e a fabricação terceirizada de seus componentes em todo o mundo normalmente envolve processos químicos que geram uma grande quantidade de lixo perigoso, cujos efeitos ainda foram pouco investigados.

“Há pouquíssima informação precisa sobre os fornecedores de componentes para as grandes marcas. Mas a responsabilidade pela contaminação é tanto dos fornecedores quanto dessas grandes indústrias”, afirmou Zeina Alhajj, coordenadora da campanha de tóxicos do Greenpeace Internacional. “Há necessidade de uma total transparência em toda a cadeia de produção da indústria eletrônica para que os donos das grandes marcas sejam obrigados a assumir a responsabilidade pelos impactos ambientais da produção de suas mercadorias."

O estudo também documenta a contaminação de aqüíferos com compostos orgânicos clorados voláteis, um poluente orgânico persistente no meio ambiente, além de metais pesados como níquel e cobre. A contaminação de água subterrânea é grave, já que as comunidades locais em muitos dos lugares investigados usam essa água para consumo humano.



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